A ciência e os fatos recorrentes demostram que já ultrapassamos os limites estabelecidos pelos ecossistemas e a situação se tornará cada vez mais dramática, se não encontrarmos mecanismos para sairmos do debate, e que permita valorizar/replicar exponencialmente em todos os cantos do planeta ações em prol do ambiente, afim de mudarmos uma herança cultural inadequada aos novos tempos e reverter os efeitos perversos do mau uso que estamos tratando os recursos naturais.
É fundamental buscarmos a materialidade das propostas acordadas/compromissos assumidos, tanto nas instâncias locais, estatutos/constituições,condomínios/conselhos/comitês/planos/projetos tendo em vista menor impacto sobre o nosso ambiente, como nas convenções globais do clima e da biodiversidade, que requer uma verdadeira mudança de paradigma do mundo dos negócios para uma multiplicação de ações locais, uma verdadeira revolução comunitária voltada para uma agenda da sustentabilidade.
É imperativo a adoção de políticas públicas/incentivos financeiros e parcerias entre governos/empresas/instituições locais/comunidades, todos institucionalizando/compartilhando, campanhas educativas que envolvam e apoiem atores sociais, estimulem modelos de gestão que priorize questões ambientais, uma economia de baixo carbono, o uso racional dos recursos naturais, a proteção da saúde/valorização/capacitação dos ser humano.
Fato preocupante é a maior mobilização das lideranças globais em relação ao clima comprometedor do nosso futuro comum, fazemos pouco para conter as emissões e equilibrar o incessante aquecimento global, provocador de impactos socioambientais jamais imagináveis, ondas de frio, ondas de calor, chuvas torrenciais, secas, desertificação, enchentes, refugiados ambientais e níveis do mar mais elevado, entre outros fatores cujas consequências parece que pouco estão disponibilizadas para as populações.
Temas como mudanças climáticas,recursos hídricos, energia, saneamento, biodiversidade, serviços ecossistêmicos , consumo sustentável, uso do solo, concentração urbana , aumento populacional, segurança alimentar, muitos preconizados por LEIS, com suas representações e instrumentos de gestão, muitos discursos e artigos alertando para o eminente agravo de crises, conflitos sociais e guerras.
Cada vez aumenta mais o abismo do que se faz e do que devemos fazer, desde o início em 2000, da minha militância, junto a poucos,em alertar para as questões ambientais, promovendo dezenas de seminários e grato aos inúmeros notáveis e valorosos disseminadores que voluntariamente agregaram seus conhecimentos à milhares de mentes que, uns presencialmente e outros virtualmente tiveram a oportunidade de assimilar ensinamentos voltados para o cuidado ambiental, mas infelizmente os avanços são lentos, com resultados pouco perceptível.
O grande desafio é fazer acontecer com urgência, temos a responsabilidade, sabedoria, tecnologia e um conjunto de recomendações viáveis de buscar sempre a sustentabilidade, para que nossa geração possa se estruturar e se adequar aos novos tempos, sair do debate e protagonizar ações, que visem garantir vidas futuras de forma mais justa e sustentável.
Por fim, somos seres interdependentes e estamos no mesmo barco.
Donato Velloso
Fundador e Coordenador do Pacto de Resgate Ambiental/Lagoa Viva
Diretor da ACIBARRA
