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O MOVIMENTO EVOLUTIVO PACTO DE RESGATE AMBIENTAL

Nossos encontros, sempre no propósito de convidá-los ao conhecimento e contribuir na criação de um futuro mais satisfatório como indutor de mudanças, sempre alerta que o mais importante é o compromisso individual e coletivo com adoção e fortalecimento das boas práticas sustentáveis, reconhecê-las e divulgá-las no dia a dia nas escolas, empresas, instituições, condomínios e comunidades.

A questão ambiental nos remete à urgência de repensar, inovar e adotar práticas sustentáveis. Dentro deste contexto, a equipe MEPRA/LAGOA VIVA, nas suas ações de mobilização como agente de convergência de ideias/ anseios/práticas da comunidade, estrategicamente ao motivar e possibilitar aos envolvidos práticas preventivas voltadas para o cuidado ecológico, vem alertando a todos para uma corresponsabilidade por um modelo novo de gestão amplo e sistêmico, que considere e se adapte à iminência dos atuais e futuros impactos ambientais por conta das inevitáveis mudanças climáticas.

Completando 21 anos de luta voltados prioritariamente pela melhoria dos corpos hídricos da região da Barra da Tijuca/Jacarepaguá. Priorizando a luta pelo saneamento ambiental e revitalização/conservação permanente dos nossos mananciais, rios e lagoas, temos motivos para comemorar uma história de reconhecimento registrando resultados concretos e animadores em sua proposta de fomento ao desenvolvimento sustentável local.

Dentre as conquistas alcançadas na sua história, foi coordenar e promover dezenas de reuniões na região para possibilitar a formação do nosso SUBCOMITÊ de BACIA HIDROGRÁFICA, por ser o verdadeiro organismo de gestão participativa e controle de nossa bacia hidrográfica pautada na nossa legislação das águas.

Esse processo foi constituído de diversas etapas: publicação de edital, mobilização social, reuniões públicas de esclarecimento sobre o processo de instalação; reuniões públicas para definição do Regimento Interno e dos procedimentos eleitorais e legislação de recursos hídricos; processo eleitoral e assembleia geral de posse e eleição da Diretoria do Comitê. A partir da sua instalação, o subcomitê tem suas atividades apoiadas por uma secretaria-executiva.

O Subcomitê do Sistema Lagunar de Jacarepaguá, integrante do Comitê da Baía de Guanabara, foi criado em outubro de 2011, e conta com a participação do Poder Público, dos Usuários da Água e da Sociedade Civil Organizada, visando o uso sustentável dos recursos hídricos.

O Comitê de Bacias Hidrográficas, previsto no Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, é um órgão colegiado onde são debatidas as questões referentes à gestão das águas. São atribuições dos comitês: promover o debate das questões relacionadas aos recursos hídricos da bacia; articular a atuação das entidades que trabalham com este tema; arbitrar, em primeira instância, os conflitos relacionados a recursos hídricos; aprovar e acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos da Bacia; estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores a serem cobrados; estabelecer critérios e promover o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo (saneamento). Os comitês são colegiados compostos por representantes do poder público, usuários das águas e de entidades representativas da sociedade civil (ONGs, universidades, associações), em igual número, com interesse e ações na área de recursos hídricos.

A composição tripartite visa garantir a todos os integrantes do colegiado os mesmos direitos e o poder de deliberar na tomada de decisões. Por isso, os comitês de bacia são considerados “o parlamento das águas”.

Antes de sua criação, o gerenciamento da água era feito de forma isolada pelo poder público. As informações estavam dispersas em órgãos técnicos ligados ao assunto e os dados não eram compatíveis. Era muito difícil obter acesso a informações concretas. Isso dificultava o planejamento sobre captação, abastecimento, distribuição e despejo, que eram concebidos de forma isolada, muitas vezes com desperdício de dinheiro público. A falta de políticas públicas integradas e eficientes para manejo dos recursos naturais provocou a degradação de muitos rios e lagoas.

DIRETRIZES PARA CONSOLIDAÇÃO DO SUBCOMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DA BARRA DA TIJUCA/ JACAREPAGUÁ, integrante do COMITÊ BAÍA DE GUANABARA. Os membros eleitos para a plenária e seus respectivos suplentes, são representantes do poder público, representantes da sociedade civil organizada com mais de dois anos de atuação comprovada relacionada com recursos hídricos e representantes de usuários dos recursos hídricos na abrangência da bacia, os quais, vão deliberar e garantir permanentemente recursos para as intervenções necessárias, a partir de estudos, monitoramento, metas e prazos estabelecidos, elaborando o planejamento estratégico de nossa bacia hidrográfica, contemplando, por exemplo, a aceleração do Programa de Saneamento, a dragagem das lagoas, monitoramento, demarcação da faixa marginal, introdução de espécies, recomposição de mangues e matas ciliares, além da relocação possível, das ocupações irregulares de risco em faixas marginais, campanhas de educação ambiental, entre outras ações, fundamental para balneabilidade das nossas, ainda belas, lagoas e praias.

A transformação que ao longo das três últimas décadas vem ocorrendo na área geográfica da nossa bacia hidrográfica, que compreende os bairros da Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Recreio e Vargens, sem que houvesse a coleta e tratamento adequado de esgoto, com ocupações irregulares das nossas encostas, margens dos rios e lagoas, poluição das nossas nascentes, agravada pelo desmatamento, supressão de manguezais, lançamento de enorme quantidade de lixo, extinção da nossa rica flora e fauna, interferindo na qualidade de vida dos moradores, gerando problemas de saúde, contaminações, desabamentos, deslizamentos, inundações, e um número crescente de vítimas, são questões que certamente tendem ao agravamento em decorrência das alterações climáticas, já comprovadas. Aliada aos fatos da falta de conhecimento de temas ambientais e do pouco interesse participativo da população por denúncias e cobranças ao poder público.

Esse é o espaço de garantia de água em quantidade e qualidade para a crescente população, em que os problemas crônicos de saneamento da nossa sub-bacia hidrográfica têm a chance concreta de serem revertidos, entre eles a vulnerabilidade urbana aos desastres ambientais mais recorrentes que enfrentaremos.

A compatibilidade entre o crescimento econômico, científico/ tecnológico e o desenvolvimento sustentável requer uma outra maneira de medir o progresso, que considere todas as questões importantes para a qualidade de vida, tais como o bem-estar comum da comunidade, segurança ambiental/alimentar, exposição humana a situações de risco e a degradação ambiental de seu habitat.

Poucos entendem o momento que estamos sobrevivendo, tudo acontece muito rápido, lutar para conservar o ambiente do qual apenas somos parte, preservar nossa forma humana com liberdade, requer uma reflexão conjunta sobre o amanhã que estamos construindo para as nossas gerações futuras.

Junte-se a nós, sem medo!

Pacto de Resgate Ambiental - 2022

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